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domingo, 29 de maio de 2011

Especial


Especial é usado para descrever algo lindo,
Como um anoitecer,
Um pôr do sol,
Uma pessoa que transmite o amor
Com um sorriso ou um gesto amável.
Especial é quem age com um coração puro,
E mantém na mente os corações de outros.
Especial aplica se a algo admirado,
Que não pode nunca ser substituído.
Especial é a palavra
Que tenho para descrever
“Você!”

Amiga Virtual


Entre, Amiga Virtual
Vou abrir as portas do meu computador!
Entre!!! Traga pra mim esse gostoso riso
Que nunca ecoa! Conte pra mim suas velhas histórias,
Deixa que eu me deite em seus ombros
Invisíveis e segure em suas mãos firmes!…
Não sei olhar em seus olhos,
Mas sei sentir seu olhar,
E suas palavras entram direitinho no meu coração.
O mundo parece tão pequeno atrás Dessa rede!
Ah! Você vem e eu nem sei de onde,
Sem passaporte, atravessa as fronteiras do
Limite do impossível. Traz muita paz… Uma palavra… Um verso
E coloridas flores sem perfume,
Mas que são bálsamo para a alma!
Vou abrir minha casa para que você entre!
Tome um café com bolo…
Me conte de você, permita que eu ria seus risos,
e deixe que eu seque suas lágrimas, se preciso for.
Você não é apenas um nome que se esconde atrás de um arroba.
Você tem alma e asas, Como os verdadeiros anjos…
Você tem um "eu” Que precisa e deve ser respeitado,
Que precisa e deve ser amado.
De virtual, na verdade, você não tem nada!!! Claro!!!
Meu café não tem sabor E meu bolo não é doce,
Quando virtual! Mas meu carinho e meu amor São, nessa rede toda,
Tudo o que tenho de mais real. Então…
Entre sem bater!!! Sente-se! Tem café! Tem bolo!
Tem minha amizade!
Esperando por você atrás da tela Desse meu computador.

Clarice Lispector


Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade… Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram… Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!      


sábado, 28 de maio de 2011

Viva Melhor

Faça como os passarinhos: comece o dia cantando.
A música é alimento para o espírito.
Cante qualquer coisa, cante desafinado, mas cante!
Cantar dilata os pulmões
e abre a alma para tudo de bom que a vida tem a oferecer.
Se insistir em não cantar,
ao menos ouça muita música e deixe-se absorver por ela.
Ria da vida, ria dos problemas, ria de você mesmo.
A gente começa a ser feliz quando é capaz de rir da gente mesmo.
Ria das coisas boas que lhe acontecem,
ria das besteiras que você já fez.
Ria abertamente para que todos
possam se contagiar com a sua alegria.
Não se deixe abater pelos problemas.
Se você procurar se convencer de que está bem,
vai acabar acreditando que realmente está
e quando menos perceber vai se sentir realmente bem.
O bom humor, assim como o mau humor, é contagiante.
Qual deles você escolhe?
Se você estiver bem-humorado,
as pessoas ao seu redor também ficarão
e isso lhe dará mais força.
Leia coisas positivas.
Leia bons livros, leia poesia,
porque a poesia é a arte de aceitar a alma.
Leia romances, leia a Bíblia, estórias de amor,
ou qualquer coisa que faça reavivar
seus sentimentos mais íntimos, mais puros.
Pratique algum esporte.
O peso da cabeça é muito grande
e tem de ser contrabalançado com alguma coisa!
Você certamente vai se sentir bem disposto,
mais animado, mais jovem.
Encare suas obrigações com satisfação.
É maravilhoso quando se gosta do que faz,
ponha amor em tudo que está ao seu alcance.
Desde que você se proponha a fazer alguma coisa,
mergulhe de cabeça!
Não viva emoções mornas, próprias de pessoas mornas.
Você pode até sair arranhado,
mas verá que valeu muito mais a pena.
Não deixe escapar as oportunidades
que a vida lhe oferece, elas não voltam!
Não é você quem está passando,
são as oportunidades que você deixar de usufruir.
Nenhuma barreira é intransponível
se você estiver disposto a lutar contra ela;
se seus propósitos forem positivos, nada poderá detê-los.
Não deixe que seus problemas se acumulem, resolva-os logo.
Fale, converse, explique, discuta, brigue:
o que mata é o silêncio, o rancor.
Exteriorize tudo, deixe que as pessoas saibam que você as estima,
as ama, precisa delas, principalmente em família.
AMAR NÃO É VERGONHA, pelo contrário, É LINDO!
Volte-se para as coisas puras, dedique-se à natureza.
Cultive o seu interior
e ele extravasará beleza por todos os poros.Não tente, faça. Você pode! Todos Podemos.
Então… Vamos Lá!!
Bom dia!!

Amo...

Amo o capim molhado
que a noite serenou.
Amo o mistério das matas
com os matizes do verde
que Deus lhe ofertou.
Amo a chuva que despenca
pra banhar a natureza,
retirar as impurezas
que a poluição deixou.
Amo as estrelas e a lua,
Amo os ruídos da noite
e o silêncio das madrugadas.
Amo o mundo, amo a vida
porque viver é sonhar.
Amo tudo que da vida recebi.
Amo até mesmo a saudade,
que traz de volta à memória
um tempo que já vivi.
..

domingo, 22 de maio de 2011

Olhar Terno...


Hoje, trouxe um olhar terno pra você…
Um sorriso de alguém que o tem como alguém especial.
Te trago meu coração…
Que só tem um pulsar, a Vida.
Ontem…Hoje…Amanhã..
Sou apenas um ser.
Te trago o meu olhar só pra você…
Junto com ele a esperança…
De que dias melhores virão…
E que hoje vale a pena se viver,
e que no amanhã
tenhamos a consciência tranquila
de que hoje estamos construindo,
só construindo e vivendo.
Por isso trago esse olhar,
só pra você…
Sinta a força do meu sorriso…
Ele também é só pra você….
Porque você é muito Especial
A sua AMIZADE para mim é preciosa!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Apaixone-se!

Apaixone-se!

Apaixone-se definitivamente pelo seu sonho; o sonho de ninguém deve ser mais apaixonante que o seu!
Apaixone-se pelo seu talento, mesmo que seu senso crítico insista para você escolher realizar outras coisas…
Apaixone-se mais pela viagem do que pela chegada ao seu destino!
Apaixone-se pelo seu corpo – mesmo que ele esteja fora de forma, pois de “qualquer forma” ele é a única casa que você possui.
Desapaixone-se de seus medos… Eles minam sua alegria de viver.
Apaixone-se pelas suas memórias mais deliciosas; ninguém pode tirá-las de dentro de você e elas são excelentes fontes de inspiração em momentos de dor.
Apaixone-se por aquelas besteiras saudáveis que passam por sua mente entre um e outro momento de estresse; eles ajudam a sobreviver.
Apaixone-se pelo sol; ele é fiel, gratuito, absolutamente disponível e dá prazer.
Apaixone-se por alguém; não espere alguém se apaixonar antes por você, só por garantia e segurança.
Apaixone-se pelo seu projeto de vida; acredite, não dá certo fazer isto a dois.
Apaixone-se pela dança da vida que está sempre em movimento dentro da gente, mas que, por defesa nós teimamos em algemar.
Apaixone-se mais pelo significado das coisas que você conquistar do que pelo seu valor material.
Apaixone-se por suas ideias, mesmo que tenham dito que elas não serviam pra nada.
Apaixone-se por seus pontos fortes, mesmo que os pontos fracos insistam em ficar em alto relevo no seu cérebro.
Apaixone-se pela ideia de ser verdadeiramente feliz!
Felicidade encontra-se de sobra nas prateleiras de seus recursos interiores.
Apaixone-se pela música que você pode ser para alguém…
Apaixone-se por ser humano!
Apaixone-se definitivamente por você!
Apaixone-se rápido!
O poder de decisão só pertence a você!

                  (a.d)

domingo, 15 de maio de 2011

Saudades

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...


Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...


Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...


Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...


Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...


Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...
Clarice Lispector

Uma foto em um milhão … Um sorriso de Deus !

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Acostumar-se


 

“Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.
E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender cedo a luz.
E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar o café correndo porque está atrasado.
A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo, e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E, a saber, que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias de água potável.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo.
Se o cinema está cheio, a gente se senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim de semana.
E se com a pessoa que a gente ama, à noite ou no fim de semana não há muito
o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta e se gasta de tanto se acostumar, e se perde em si mesma.”

Clarice Lispector

domingo, 8 de maio de 2011

Efêmero


Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é efêmera,
talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora
as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.



Muitas flores são colhidas cedo demais.
Algumas, mesmo ainda em botão.
Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira
 até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas,
se entregam ao vento.
Mas a gente não sabe adivinhar.
A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e
tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor.
E descuidamos. Cuidamos pouco.
De nós, dos outros.
Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos
e horas preciosos.
Perdemos dias, às vezes anos.
Nos calamos quando deveríamos falar,
falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.
Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque
algo em nós impede essa aproximação.
Não damos um beijo carinhoso "porque não
estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos
porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e
adormece e continuamos os mesmos,
fechados em nós.
Reclamamos do que não temos, ou achamos
que não temos o suficiente.
Cobramos. Dos outros.
Da vida. De nós mesmos.
Nos consumimos.
Costumamos comparar nossas vidas com
as daqueles que possuem mais que a gente.



E se experimentássemos nos comparar
com aqueles que possuem menos?


Isso faria
uma grande diferença!
E o tempo passa…
Passamos pela vida, não vivemos.
Sobrevivemos,
 porque não sabemos fazer outra coisa.
 Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás.
E então nos perguntamos: e agora?
Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa,
de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa,
de agradecer pelo que temos.



Nunca se é velho demais ou jovem demais
para amar, dizer uma palavra gentil ou
fazer um gesto carinhoso.
Não olhe para trás. O que passou, passou.
O que perdemos, perdemos.
Olhe para frente!
Ainda é tempo de apreciar as flores que
estão inteiras ao nosso redor.
Ainda é tempo de voltar-se para Deus e
agradecer pela vida, que mesmo efêmera,
ainda está em nós. 


 (Letícia Thompson)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Uma flor chamada Mamãe – FELIZ DIA DAS MÃES


Quando descobrimos que vamos ser mamãe pela primeira vez, uma aura de encantamento toma conta da gente. E nós dificilmente pensamos em outra coisa. À nossa criança é dirigido nosso último pensamento antes de dormir e o primeiro quando acordamos.
E chega o dia em que temos essa criaturinha nos nossos braços e temos dificuldade em acreditar. Tantas vezes sonhamos com esse rostinho e agora que o vemos é como se tudo fosse irreal. Amamos então no mais profundo de nós mesmas; amamos com toda nossa alma e nosso ser. E nos convencemos que nunca mais conseguiremos sentir um amor igual, ou pelo menos que se compare.
E, a criança crescendo, vamos desenvolvendo com ela esse amor. E muitas vezes quando já não temos mais nosso "bebê" e percebemos que já existe uma pessoinha cheia de vontade própria querendo enfrentar o mundo, nasce em nós novamente o desejo de maternidade. Então acontece: a segunda criança se encaminha!
Depois das primeiras alegrias da descoberta, algo estranho e assustador se instala: uma certa inquietação. Nós, que julgamos nunca mais poder amar da forma como amamos o primeiro, como amaremos aquela criança? A amaremos com a mesma intensidade? E se o ciúme do irmãozinho ou irmãzinha se manifestar, como vamos lidar com isso? Será que saberemos nos dividir para dar na medida exata a cada um?
São estas entre outras questões… e pode acontecer que nos sintamos culpadas em relação à primeira criança. Saberemos que daqui a pouco outra vai chegar que vai "tomar o lugar dela." Não seremos mais tão disponíveis. 
Mas para todas essas perguntas existe uma só resposta, que é básica para todas as outras também: coração de mãe é elástico. Penso que da mesma maneira como Jesus efetuou a multiplicação dos pães, o amor é multiplicado no coração de uma mãe e amor vai ter e vai até sobrar, para mais um, mais dois ou até quem sabe, para mais… e quanto mais amor, mais sabedoria, mais instinto de como lidar com todas as outras coisas. 
Cada filho é único e deve ser tratado como único. Digamos que a mãe é uma mão e que os cinco dedos sejam seus filhos. Todos iguais, todos diferentes, todos ligados da mesma forma, embora cada qual aponte para um lado diferente.
Assim, nosso coração nos dita o que fazer, no momento certo. Há mães que parecem mais apegadas a um filho que outro e isso pode ser devido aquele filho corresponder melhor ao seu caráter, à sua personalidade. Mas não significa um amor menor. É freqüente que uma mãe demonstre mais amor pelo filho que dá mais trabalho. Isso se explica pelo fato dela sentir no seu coração, inconscientemente até, que aquele filho necessita de um cuidado especial. 
Difícil é que os irmãos entendam isso, eles se sentem injustiçados. Portanto, o que é a justiça? É dar a cada um a medida exata do que ele precisa para ser feliz. Sendo diferentes, nossa medida de necessidade também é diferente.
Amor de mãe é amor de mãe. Não muda, não se desgasta. Uma mãe que perde um filho pode ter dez outros, ela será para sempre uma mãe podada de um filho e ela carregará isso para o resto da sua existência.
Uma mãe é uma rosa que se desdobra em diferentes pétalas, sem portanto perder da sua graça, beleza e poder de perfumar e encantar todos à sua volta.
  
Letícia Thompson
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